domingo, 1 de abril de 2012

VIOLÊNCIA E MODERNIDADE

A sociedade mundial anda sobressaltada pela torrente de crises econômicas, deficiências educacionais e de assistência a saúde.  A intolerância  aos mais ínfimos obstáculos diários propicia uma violência crescente que se reflete em mortes por motivos cada vez mais fúteis, pela violência doméstica, pela violência gratuita e sádica, pelo trânsito assassino.
A sociedade cada vez mais egoísta e mais individualista prioriza o material, numa avidez constante e mórbida. Não se pensa mais no coletivo, no bem estar global, apenas o desejo desenfreado de ter mais a qualquer custo, como se nosso semelhante fosse um inimigo a ser abatido e não alguém que tem sonhos e dores como todos os outros.
Os psicopatas têm ausência de afetividade, mas a nossa sociedade não tem um comportamento semelhante?
Quando nos defrontamos com a dor alheia mudamos de canal, de calçada, numa alienação confortável. A incompreensão, a desestrutura familiar, ausência de valores morais básicos e essenciais não se restringe a classes sociais. É como um vírus extremamente democrático  que leva a uma neurose coletiva e conseqüentemente ao aumento vertiginoso da violência.
O maior número de mortes é de jovens de periferia, contudo temos as vítimas que sobrevivem num eterno pesadelo rodeado de medo e insegurança. Nessa histeria coletiva somos todos reféns.
Até que ponto teremos que ir até que se reflita e façamos mudanças dentro de cada um de nós e em todo ramo de atividade ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário