sábado, 30 de julho de 2011

Vítimas das drogas: de quem é a responsabilidade?

A Morte de Amy Winehouse coloca em pauta mais uma vez a questão das drogas. Não só ligada a sua morte, que ainda permanece sob investigação, mas sim em relação à sua trajetória de vida. Na maioria das vezes o enfisema pulmonar é causado por cigarro, contudo o crack e outras drogas inalatórias são extremamente nocivas aos pulmões provocando lesões sérias e em curto espaço de tempo. Outro efeito comum do uso de drogas é a perda de apetite que propicia uma maior fragilidade frente as demais complicações.
A trajetória de Amy Winehouse ilustra bem a cronologia de um dependente químico, desde as alterações físicas, quanto às comportamentais severas. A questão das drogas como referida no meu livro “Medicina Legal Aplicada aos Advogados”, é sim uma questão de saúde pública de fundamental importância uma vez que a recuperação é difícil e diria quase impossível quanto ao crack a ao oxy, não só em relação ao abandono do vício, mas também as seqüelas neurológicas que podem ser extremamente sérias e irreversíveis.
Os dependentes tornam-se aos poucos “zumbis” dos quais só restam fragmentos de sonhos e vidas. Reduzidas a uma existência afogada em vazio, muitas vezes ligada a delitos na tentativa de manter o vício que lentamente os mata.
A solução deste terrível problema mundial está ligada a uma indagação que tememos em enxergar. O que faz um indivíduo preferir o rompimento com a realidade através de tantos riscos? Não seria de se esperar que a vida fosse tão prazerosa que não desejássemos perder um segundo sequer? Que sociedade estamos criando?
Há que se repensar valores e conceitos e agir antes que joguemos fora a vida de nossos filhos e o futuro de nossa civilização. É imprescindível promover ações efetivas na prevenção e tratamento, aliadas a um maior comprometimento familiar, escolar e do Estadonas mais diferentes áreas de atuação.

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